

Criado como um centro vivo de estudo e pesquisa, o Museu de Imagens do Inconsciente tem enfrentado o desafio de cumprir a tarefa que lhe foi atribuída por sua fundadora, Dra. Nise da Silveira: ser um Museu Vivo, cuidando e defendendo um patrimônio da humanidade, mantendo sempre as portas abertas a pesquisadores de todas as áreas do conhecimento humano.
As obras selecionadas para esta exposição foram produzidas pelos frequentadores contemporâneos dos ateliês do Museu de Imagens do Inconsciente e do Centro de Atenção Psicossocial Espaço Aberto ao Tempo. A instalação “Ruídos” (criada pelos artistas Alexandre Rangel, Carolina Saraiva e Fábio Fantauzzi), procura captar o momento da criação dos artistas no dia-a-dia do ateliê e revelar a importância do convívio e do afeto como molas propulsoras da criatividade, na qual as emoções encontram o caminho de transformação e superação, tornando-se visível em formas, cores e poesia.
Hoje, uma pequena equipe mantém os ateliês terapêuticos em funcionamento para receber os usuários que diariamente criam novos documentos plásticos e compartilham suas experiências no convívio com jovens estudantes, pesquisadores ou visitantes que por lá passam, técnicos, funcionários e animais co-terapeutas.
A experiência nos ateliês comprova a eficácia do método terapêutico utilizado e está em conformidade com a luta antimanicomial. Mantendo suas portas e janelas sempre abertas, sem delimitações de território e de talentos, aposta na criatividade e na liberdade individuais como fatores fundamentais para o exercício da cidadania.
Como resultado dessas práticas, os ateliês configuram um campo multidisciplinar de aperfeiçoamento e especialização profissional; oferecem à sociedade contemporânea a possibilidade de diversas leituras das riquezas interiores do ser humano, contribuindo para a mudança dos paradigmas estigmatizantes sobre os portadores de sofrimento psíquico.
Musée Vivant
Conçu comme un centre d’étude et de recherche, le Musée Images de l’Inconscient est confronté au défi de remplir la tâche qui lui fut attribuée par sa fondatrice, Dr. Nise da Silveira, être un Musée vivant, gardien et défenseur d’un patrimoine de l’Humanité, qui maintienne toujours les portes ouvertes aux chercheurs dans tous les domaines de la connaissance humaine.
Les œuvres sélectionnées pour cette exposition ont été produites par les participants contemporains des ateliers du Musée Images de l’Inconscient et du Centre d’Aide Psychosociale “Espace Ouvert au Temps”. L’installation “Bruits” créee par les artistes Alexandre Rangel, Carolina Saraiva et Fábio Fantauzzi, tente de capter le moment de création des artistes dans le quotidien de l’atelier et révéler l’importance de la convivialité et de l’affectif comme moyens propulseurs de créativité, où les émotions deviennent un chemin de transformation et de dépassement, qui deviennent visibles dans les formes, les couleurs et la poésie.
Aujourd’hui, une petite équipe maintient les ateliers thérapeutiques en fonctionnement, pour recevoir les participants qui créent quotidiennement de nouvelles oeuvres plastiques et partagent leurs expériences avec de jeunes étudiants, chercheurs ou visiteurs de passage, techniciens, fonctionnaires ou animaux co-thérapeutes.
L’expérience de ces ateliers est la preuve de l’efficacité de la méthode thérapeutique utilisée et est en conformité avec la réforme des structures psychiatriques. En maintenant ses portes et ses fenêtres toujours ouvertes, sans limitation de territoires et de talents, elle s’appuie sur la créativité et la liberté individuelles pour l’exercice de la citoyenneté.
Comme résultat de ces pratiques, les ateliers forment un champ multidisciplinaire de perfectionnement et de spécialisation professionnelle. Ils offrent à la société contemporaine la possibilité de parvenir à des lectures différentes des richesses intérieures de l’être humain, contribuant ainsi à la déstigmatisation de ceux qui portent une souffrance psychique.